quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Terapia do Bule de Chá


“Meditação da Mulher CPB
11 de dezembro domingo
Terapia do Bule de Chá

Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu Te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção. Salmo 139:13, 14, NVI

Se você me encontrasse, iria me achar esquisita – tenho casca de ferida na ponta das orelhas e carrego um bule de chá, de ferro fundido, enquanto caminho ao redor do lago. Se pudesse ler meus pensamentos, diria que ando pensando bastante em cotovelos. As cascas de ferida, o bule de chá e meu interesse em cotovelos têm relação entre si.

Quatro semanas atrás, desloquei o cotovelo direito e esmaguei a cabeça do rádio, um osso do antebraço. “Ai, mamãe”, disse meu filho fisioterapeuta, quando lhe contei ao telefone, “isso dói muito, e você é destra. Vai precisar de muita fisioterapia.”

Pensei em cotovelos por 11 dias, enquanto estava engessada, digitando devagar, sapecando as pontas das orelhas enquanto tentava manejar um ferro de ondular o cabelo com a mão esquerda.

Se eu pensasse em cotovelos anteriormente, eu os veria apenas como articulações deselegantes. Quando o gesso foi removido, porém, percebi como são incríveis. Ao não conseguir levar uma colher à boca, percebi que o cotovelo foi feito para dobrar-se. Quando tirava a louça da máquina de lavar e, com dor, colocava os pratos, um a um, no guarda-louças, entendi que o cotovelo foi feito para estender-se. Quando tentava, em vão, usar um abridor de latas, percebi que o cotovelo ajuda a virar o pulso. Dobrar, esticar, girar, lavar o cabelo, apertar o controle para abrir o portão da garagem, virar uma chave – praticamente cada movimento me fazia lembrar de que nosso corpo funciona de maneira maravilhosa.

E o bule de chá? O fisioterapeuta me disse que eu preciso exercitar-me “obsessivamente”. Por isso, ao caminhar, carrego um peso – por enquanto, um bule de chá é o ideal – para ajudar a gravidade a endireitar o braço.

Já consigo fazer muito mais. Sou grata para com os médicos e fisioterapeutas, mas fico pasma diante do fato de que nosso corpo se recupera, as cascas de ferida saem das orelhas, as incisões doloridas se tornam irritações leves e retorna um pouco do movimento. Sim, fomos feitos de modo admirável.

Denise Dick Herr”

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