Reflexões: Meditação da Mulher 2017
Mudanças – 10 de março 2017
Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido. 1 Coríntios 13:12
Lembro-me das visitas à casa da vovó em Moruga, Trinidad e Tobago, quando eu era criança. Essas visitas aconteciam durante as férias escolares. Aguardávamos ansiosos por essas visitas, porque elas significavam mais espaço para correr, árvores para subir, e todas as guloseimas que pudéssemos imaginar, desde sorvete feito em casa até tortas e pão de aipim. As visitas, porém, não vinham sem os seus horrores, pois a vovó nos colocava em fila para tomar chá de sene (um laxante usado na época para eliminar vermes). Essa era a pior de todas as experiências. O gosto, o cheiro – mesmo que ela pusesse leite dentro e tentasse disfarçar o sabor, você ainda sabia o que era. Outro ponto alto era usar a pinça. Vovó me chamava em particular, já que eu era a mais velha, para pinçar os cabelos brancos no contorno do couro cabeludo e na nuca (naquele tempo ainda não havia tintura para o cabelo), uma tarefa que podia levar horas, já que parecia haver muito cabelo branco. Os anos passaram e observei minha avó envelhecer, ficar doente e frágil, e então descansar. Agora eu me olho no espelho e vejo os cabelos brancos aparecendo acima da testa. Olho meu corpo e me lembro de quando era delgada e ágil. Agora, subir um lance de escada pode fazer estrago nos meus joelhos, e não tenho mais a mesma medida na cintura. Os anos simplesmente voaram, trazendo com eles mudanças que foram bem recebidas ou indesejadas, morte e vida, perdas e ganhos.
A mudança final que aguardo é a que trará paz infinita e júbilo interminável. Por enquanto, as mudanças que vêm ao nosso corpo são mudanças da idade avançada, enfermidade e morte. Ainda que nos exercitemos e comamos de maneira correta, ainda passamos por mudanças por causa do pecado. Nossa compreensão é limitada e nossa visão é fraca. No entanto, um dia, conheceremos como somos conhecidos; um dia, olharemos o espelho e nos veremos do modo como Deus sempre nos viu. Um dia, o próprio Cristo chamará nosso nome. Ao caminharmos por gloriosas ruas de ouro, olhando para o nosso próprio reflexo embaixo, não veremos o corpo que precisa “eliminar vermes” ou o cabelo grisalho que chega com a idade. Em vez disso, olharemos ao redor e veremos trajes brancos cobrindo corações agradecidos, a saudável cintilação de um corpo livre do pecado e, melhor que tudo, os olhos de nosso Pai. Ah, que mudança será essa! Greta Michelle Joachim-Fox-Dyett
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