Costanza Pascolato concedido a Barbara Hecker:
“Descobri o primeiro câncer no seio há 23 anos, numa época em que não havia tanto esclarecimento quanto hoje. A primeira coisa que pensei é que eu tinha duas filhas, meu neto estava para nascer e precisava estar bem para eles. Fui ouvir opiniões de diversos médicos, porque a informação é fundamental; tira o pânico. O desconhecido é a pior coisa que existe. Eu aconselho as pessoas a conversar com vários profissionais, para que eles digam o que elas irão enfrentar. No ano passado, tive câncer de mama novamente, no outro seio. Então, foi metade da chateação, porque eu já sabia o que era. Faço os exames preventivos religiosamente, a cada seis meses. Meu médico disse que não é para eu fazer, mas vou lá e faço. O Drauzio Varella não gosta que eu fale isso, mas as duas vezes que tive câncer foi após alguma perda muito grande. Na primeira vez, foi o meu marido, que morreu no meu colo, e, na segunda, minha mãe e minha babá. Depois da operação, você tem que pensar como vai sair dessa, porque a vida é um privilégio e você tem que cuidar dela. É o conselho que dou às minhas filhas. A que mora longe disse que toda vez que faço aniversário, ela faz o exame de prevenção do câncer de mama, uma forma dela lembrar. Eu diria às mulheres que estão em tratamento para cultivarem a autoestima, gostarem e cuidarem de si mesmas. Sabe quando você está no avião e orientam a colocar a máscara de oxigênio primeiro em você, depois na criança ao lado? Então, é preciso cuidar primeiro de você para, depois, ser útil aos outros.”
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